sexta-feira, 16 de abril de 2010

Leveza

A cada dia que passa sinto-me mais leve. Não é uma leveza que se explique, até porque por vezes nem encontro as palavras certas para estes estados de aparente vazio da mente. Digo aparente porque não estou certa que assim seja. Tão pouco procuro ter certezas de alguma coisa.

Estes estados conduzem-me a um aparente divórcio com a realidade do mundo em que vivo, da sociedade, da família, até da maternidade. Todo esse mundo de referências se dilui dando lugar a um estado de Leveza.
Contudo, digo aparente divórcio, pois na verdade não me sinto fora de nada, sinto apenas que respiro ao meu ritmo, e que, onde eu Vibro eu estou Entregue.

Sinto que Todos temos um papel a desempenhar, como cada célula que compõe um órgão, e que esse papel deve ser desempenhado sem esforço algum.
Quando nos permitimos que essa descoberta chegue até nós, é o momento de seguir o coração, com coragem, com pés firmes, com o coração aberto e compassivo.
Esse primeiro impulso pode ser confuso, pode implicar enfrentarmos o tal divorcio aparente do que nos rodeia: mas vale a penas questionarmo-nos se queremos continuar naquele emprego onde já não nos encaixamos, naquele relacionamento que já não faz sentido ser partilhado do mesmo modo, nas imposições familiares, nos medos, nas programações, e em todos os jogos por nós criados e que não elevam em nada a nossa vibração.

Dá medo? Instabilidade? Confusão mental? Pode dar sim! Mas até isso aprendemos a amar... e aos poucos passamos a observar sem catalogar. E tudo começa a encaixar-se na perfeição, porque sempre assim o foi...
Se o permitirmos a Vida revela-se no seu Esplendor renovando-se a cada instante.
...
A cada dia que passa sinto-me mais leve... e não sei, nem pretendo transmitir o que sinto a ninguém, até porque o que escrevo hoje amanhã pode já não ressoar cá dentro pois uma das poucas coisas que tenho como permanente é a impermanência.

Agora, um Abraço
Mizé

Sem comentários:

Enviar um comentário