quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

A idade dos porquês

Sempre achei que era curiosa e com uma boa dose de rebeldia que me faria sempre questionar tudo e todos. No entanto, passados longos periodos de experiências dolorosas e limitadoras, reflectindo mais profundamente pude constactar que ao longo da minha experiência terrena tomei como minhas muitas programações familiares, sociais, religiosas, etc...

Tomei como meus medos; angustia; falta de confiança em tudo e todos; limitações; castigos; culpas...

Atravessei desertos...

Chegou um momento em que parei para observar, e dessa observação surgiram os porquês – num questionamento que começou a pôr tudo em causa, e que aos poucos foi retirando tudo do lugar...

No ínicio foi confuso, as referências aparentemente estáveis e seguras já não estavam lá para me “apoiar”, e parecia caminhar num universo sem chão, nem paredes, nem tectos... estava a perder-me do que eu julgava ser...

Mas, e porque sou VIDA, a observação tornou-se cada vez mais silênciosa, abrangente, e tudo começou a fazer sentido com uma simplicidade sem precedentes...

Foi bom questionar tudo... levou-me a Mim e à confiança no meu processo de Vida.

Hoje, aqui, neste momento... pareço flutuar num vazio mental e emocional, num vazio de referências ou de projecções...

É apenas um momento, um estado de neutralidade...

Logo podeirei entrar em outras aventuras, porque aquilo que julgo ser ou saber agora... também é efemero, não me pertence...



Mizé

24 de Fevereiro 2010

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